INSTRUMENTAL BRASIL NELSON AYRES PERTO DO CORAÇÃO - 2004 1- Perto do coração (Nelson Ayres) 2- Coração Vagabundo (Caetano Veloso) 3- Mantiqueira (Nelson Ayres) 4- Choro do Adeus (Nelson Ayres) 5- Quem sabe? (Carlos Gomes e Ivânia Catarina) 6- Só por Amor (Baden Powell e Vinícius de Moraes) 7- Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira) 8- Esmeralda (Filadelfo Nunes e Fernando Barreto) 9- Conversa de Botequim (Vadido e Noel Rosa) 10- Canto Triste (Edu Lobo e Vinícius de Moraes) 11- Essa Mulher (Joyce e Ana Terra) 12- Cidade Encantada (Nelson Ayres e Milton Nascimento) Nelson Ayres inicia sua carreira na década de 60, dividindo o palco com jovens talentos como Taiguara, Toquinho e Chico Buarque, que traziam para São Paulo o nascente movimento da bossa nova. Primeiro aluno brasileiro a receber uma bolsa de estudos para cursar o afamado Berklee College of Music, em Boston, conhece o saxofonista Vitor Assis Brasil com quem cria o quinteto "Os Cinco", primeiro grupo de música instrumental brasileira da costa leste americana. Durante seus anos nos Estados Unidos toca e grava com Airto Moreira e Flora Purim, Astrud Gilberto, Ron Carter e Walter Booker. De volta Brasil, Nelson Ayres é procurado por músicos profissionais paulistas interessados no conhecimento que havia adquirido em sua temporada americana. Do encontro surge Big Band de Nelson Ayres, considerada o principal núcleo de revigoração da música instrumental paulista da década de 70 e figura de destaque nos legendários Festivais de Jazz São Paulo/Montreux, nos quais apresentaram-se Benny Carter, Dizzy Gillespie e Toots Thielemans. No início da década de 80, lança os primeiros trabalhos solo. O primeiro disco fez parte da série Música Popular Brasileira Contemporânea, da Phonogram. O segundo, "Mantiqueria", tornou-se um clássico da música instrumental. Em 1984 estréia, em companhia de César Camargo Mariano, o espetáculo "Prisma", primeiro show brasileiro a usar intensivamente recurso de computação aliados a instrumentos eletrônicos. Na mesma década, dedica-se ainda ao quinteto "Pau Brasil", que propunha para a música instrumental brasileira um caminho diferente do jazz-rock predominante na época. Nos anos 90, Nelson Ayres volta-se novamente para a música orquestral, atuando por nove anos como regente e diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Desde então, tem freqüentemente regido orquestras no Brasil e no exterior, incluindo a prestigiosa Orquestra Filarmônica de Israel, que recentemente esteve no Brasil sob a regência de Zubin Mehta. Nelson Ayres já foi gravado por César Mariano, Milton Nascimento, Herbie Mann, Kenny Kotwicz, Joyce, Ivan Lins e Marlui Miranda, entre outros, além de composições eruditas executadas por orquestras, solistas e grupos de câmara em todo o mundo, como a Orquestra Sinfônica de Jerusalém, New York Symphony Brass Quintet, Henry Bok e Julliard Brass Quintet. Foi comissionado pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo para compor seu Concerto para Percussão e Orquestra, estreado em dezembro de 2000 na Sala São Paulo. A partir de 2000, passa a dedicar-se novamente ao piano, liderando o Nelson Ayres Trio. O grupo conta com a participação de Rogério Botter Maio, contrabaixo, e Bob Wyatt, bateria. É também Presidente do júri do Prêmio Visa de Música Popular Brasileira e apresentador do programa Jazz & Cia., da TV Cultura. PERTO DO CORAÇÃO "Perto do Coração" nasceu espontaneamente, como fruto da renovação de sua mais antiga paixão, o piano. É um disco intimista, emocional, que faz aflorar a essência da música brasileira por meio da riqueza melódica de suas canções. "Todo mundo considera que a variedade e complexidade dos ritmos brasileiros é o que mais caracteriza a música popular difundida em nosso país, mas de nada valeria toda essa riqueza rítmica se não viesse acompanhada de uma riqueza melódica ainda maior, fruto da emotividade profunda de nossos antepassados portugueses e africanos, temperada com influências vindas do mundo inteiro", declara Nelson Ayres. Coletânea de canções que vão desde a centenária "Quem Sabe?", de Carlos Gomes, até composições recentes do maestro, como "Choro do Adeus" e a faixa título, "Perto do Coração", o CD tem a despretensiosa intenção de apresentar aos fãs de boa música a interpretação única de um grande conhecedor de música brasileira instrumental. O repertório inclui clássicos como "Conversa de Botequim", de Vadico e Noel Rosa; "Canto Triste", de Edu Lobo e Vinícius de Moraes; "Só Por Amor", do mesmo Vinícius e Baden Powell; "Essa Mulher", de Joyce e Ana Terra; além de "Coração Vagabundo", uma das primeiras composições de Caetano Veloso; "Dindi", do mestre Jobim e Aloysio de Oliveira e a deliciosa "Esmeralda", sucesso de Filadelfo Nunes e Fernando Barreto da década de 50. "Perto do Coração" dá ainda vida a outras duas regravações de composições de sucesso de Nelson Ayres: "Mantiqueira", interpretada por Renato Braz e "Cidade Encantada", uma parceria com Milton Nascimento. Um disco imperdível para quem ama a música brasileira, na interpretação inesquecível do Maestro Nelson Ayres. O piano de Nelson passeia por Coração Vagabundo, de Caetano, Dindi, de Jobim, e nos traz belas composições suas como Mantiqueira e Perto do Coração.
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